Vereadores se reúnem com secretário de Saúde para discutir denúncias contra hospital

Uma comissão de vereadores de Campina Grande se reuniu nesta terça-feira, 01/11, com o secretário de Saúde do Município, Gilney Porto, para tratar a respeito das denúncias que têm chegado à Câmara relacionadas ao atendimento no hospital João XXIII, que é particular mas realiza procedimentos por meio de convênios com a prefeitura.

Estiveram presentes os vereadores Marinaldo Cardoso, Jô Oliveira, Eva Gouveia, Carol Gomes, Fabiana Gomes, Anderson Almeida Pila, Alexandre do Sindicato, Saulo Noronha, Dona Fátima, Dinho do Papa-léguas, Saulo Germano, Rui da Ceasa, Renan Maracajá e Waldeny Santana.

Pela manhã, os vereadores receberam mais uma denúncia, desta vez de uma paciente que está aguardando a implantação de um novo marca-passo e foi até a Câmara. Além dos parlamentares e do gestor da saúde, representantes do João XXIII também participaram da reunião.

Foto: Divulgação/ASCOM

O hospital alega que o problema estaria sendo decorrente da falta de marca-passo, o que ocorreria em virtude de uma portaria do Ministério da Saúde que autoriza o pagamento de apenas R$ 2.500 pelo equipamento, enquanto no mercado a cotação atual é de no mínimo R$ 8.000.

O secretário Gilney Porto explicou que a defasagem da tabela SUS, que ainda é do ano de 2010, representa uma distorção grave que ameaça a sustentação do Sistema Único de Saúde. Ainda assim, confirmou que o Município, que tem sofrido a sobrecarga gerada pelo subfinanciamento, vai buscar meios para solucionar o problema.

Ainda como desdobramentos da reunião, a gestão municipal da saúde e os vereadores se comprometeram a buscar o Governo Federal para recompor a tabela do SUS e expor a problemática do município, assim como acionar o Ministério Público para auxiliar nos encaminhamentos.

Os vereadores, por sua vez, solicitaram a apuração de todas as denúncias e a adoção de medidas de resolução dos gargalos no atendimento. Apenas nesta legislatura, a Câmara Municipal realizou duas audiências públicas para discutir denúncias envolvendo unidades como o João XXIII e o Hospital Universitário Alcides Carneiro.