Foto: Josenildo Costa


Na manhã desta quarta-feira (26), a Câmara Municipal de Campina Grande realizou a 18ª sessão ordinária da 1ª sessão legislativa da 19ª legislatura. A sessão foi presidida pela vereadora Waléria Assunção (PSB) e secretariada pelo vereador Saulo Noronha (MDB), contando com a presença de 19 parlamentares da Casa de Félix Araújo.

Foto: Josenildo Costa

No início da sessão, os vereadores prestaram suas condolências ao presidente da Casa Legislativa, vereador Saulo Germano, pelo falecimento de seu pai, o ex-vereador Severino Germano. Logo após, os parlamentares centraram suas discussões nos problemas enfrentados pelo setor de saúde no município, com destaque para a situação da maternidade municipal, ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida).

Os vereadores lamentaram profundamente o falecimento de Danielle Cristina Morais e de seu filho, Davi Elô. A criança nasceu sem vida após parto no ISEA e a mãe veio a óbito devido a complicações médicas. Os parlamentares cobraram investigações rigorosas para identificar os responsáveis pelo ocorrido e garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer.

A vereadora Jô Oliveira (PCdoB) abriu o pequeno expediente reforçando a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa dos serviços de saúde do município. “Vamos unir forças para que essa morte não fique impune”, afirmou. Ela também ressaltou a importância de combater a violência obstétrica e garantir um atendimento mais humanizado às gestantes. “A morte de Danielle trás reflexões (…) Uma família destruída em cerca de 25 dias”.  A vereadora destacou que o ocorrido não pode ser desfeito, mas que o Poder Legislativo deve agir para que casos como o de Danielle não voltem a acontecer.

Foto: Josenildo Costa

A vereadora Waléria Assunção (PSB) reforçou a gravidade do caso e destacou o impacto emocional sobre as famílias. “Só quem passa sabe o que sente. Um sonho que se desfez em poucos dias”, lamentou. Ela também pediu investigação rigorosa e justiça para os familiares de Danielle.

O vereador Olimpio Oliveira (Podemos) reforçou as cobranças para que o poder executivo municipal se posicione sobre a situação da saúde pública, em geral, e principalmente sobre o ocorrido na maternidade municipal. “Precisamos de explicações” pontuou.

O vereador Pimentel Filho (PSB) defendeu a necessidade de investigação, mas ponderou que não se pode criminalizar o ISEA, destacando a importância da maternidade que trouxe muitas vidas ao mundo. “Não podemos criminalizar o ISEA, ali nascem vidas diariamente, mas não podemos ficar calados com o que está acontecendo” Destacou

Ele ainda mencionou suspeitas de negligência em outros casos, como a morte de uma criança no Hospital da Criança e de um paciente na UPA do Dinamérica. “É preciso apurar as responsabilidades do que aconteceu”, enfatizou. O parlamentar solicitou a abertura de sindicância para a devida investigação. “Nós estamos falando de sonhos que foram interrompidos e essa casa não pode se calar” finalizou.

Foto: Josenildo Costa

Os parlamentares concluíram o debate destacando a necessidade de uma atuação mais firme na fiscalização da saúde pública municipal, garantindo que vidas não sejam perdidas por falhas no atendimento médico.

Acesse a sessão completa por meio do Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.

DIVICOM/CMCG

image_pdfSalvar PDF