Vereadores aprovam Atas e debatem as questões políticas do momento
Nesta terça-feira (22), o vereador Waldeny Santana (UNIÃO) presidiu a nona sessão ordinária da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada em formato híbrido, secretariada por Jô Oliveira (PCdoB). Durante a sessão foram aprovadas duas Atas.
PEQUENO EXPEDIENTE
Carol Gomes (PSD) tratou sobre o tema das doenças raras, informando que existem 300 milhões de pessoas no mundo com doenças raras e que em Campina Grande são 200 pessoas acometidas, sendo 80% de origem genética, as quais 75% afetam as crianças.
Ela mencionou o seu projeto ‘Política Campinense de Saúde Funcional’ e disse que “incluir é abraçar e aceitar por inteiro as diferenças’’. Além disso, também informou que na próxima quinta-feira (24), ela enquanto secretária e juntamente com o presidente da Frente Parlamentar de Doenças Raras, Olímpio Oliveira (PSL), além de Janduy Ferreira (PSB) enquanto membro, estarão realizando uma sessão especial voltada ao Dia Mundial das Doenças Raras.
Por fim, informou que no mês de março estará entrando de licença não remunerada do mandato, durante 120 dias, para que o seu suplente Balduíno (do mesmo partido) possa ter a oportunidade de assumir o lugar na Casa de Félix Araújo.
Waldeny Santana (UNIÃO) subiu à Tribuna para falar sobre o seu mandato nas ruas e disse que esteve visitando a feira das Malvinas. Disse já sugeriu ao governo municipal, que o projeto do CadÚnico seja transferido para o local, com o objetivo de oferecer ao usuário um espaço mais adequado, além de aumentar a movimentação da população no local, fomentando a economia.
Informou que esteve na Avenida Plínio Lemos, e ressaltou que essa é uma obra que precisa ser concluída. Além disso, realizou diversas visitas domésticas, rua a rua. Afirmou que este é o seu trabalho e que utiliza a Casa de Félix para reverberar a voz do cidadão.
Por fim, falou que uma rua chamou a sua atenção (Rua Mário Rodrigues Moura, no bairro da Ramadinha), pois durante as fortes chuvas as casas são inundadas e ficam completamente destruídas. Finalizou informando que o seu papel enquanto vereador é encaminhar essas demandas da população para os secretários do município e demais responsáveis.
Pimentel Filho (PSD) fez uma crítica à ‘ideologia de gênero’ que considera estar presente no Brasil. Disse que não existe na Constituição lei que permita a implantação da ideologia, e que de 2015 até hoje, tentam colocar na educação a ‘ideologia de gênero’, mas não conseguem.
“Tentaram por várias vezes colocar no Estado, já que não conseguiram nacionalmente, e tentaram colocar no município, mas esta CASA não permitiu’’ – reforçou.
Disse ainda que não tem nada que autorize oficialmente a ‘ideologia de gênero’ nesse país, mas no Rio de Janeiro já existem em torno de quase 100 certidões de nascimento com a linguagem neutra. “Se no país não há a ideologia de gênero como pode em um documento oficial colocar uma forma linguística neutra. Na verdade, isso não é linguística, isso é uma forma “mal dizida’’ de dizer’’ – destacou.
O vereador ainda registrou que gostaria de saber o que o Supremo Tribunal Federal diz sobre o fato, e diz ainda que todos devem ser vigilantes, e não aceitar que um documento oficial, saia ‘com esse palavreado mal feito, mal escrito e mal falado’.
GRANDE EXPEDIENTE
Rubens Nascimento (DEM) agradeceu ao presidente vereador Waldeny Santana, colega de bancada do Democratas, fez um comunicado oficial, informando que na ocorrência da fusão partidária do PSL e DEM, resultando na criação da União Brasil, o vereador encontra-se momentaneamente sem partido. Desde já, também agradeceu a três dos contatos de legendas que fizeram convidando o vereador para fazer parte.
Ele explicou que tem germinado um projeto que futuramente definirá o partido do qual fará parte, provavelmente também encaminhando para as vagas de deputado estadual da Paraíba. Ele disse que não necessariamente se faz um projeto político no sentido de almejar o êxito, mas que entende que precisa ocupar os espaços para que as vozes do campo conservador não sejam esquecidas, que se tenha uma representatividade e que se possa falar em nome da direita e dos conservadores.
Ainda fez um destaque sobre a chegada de Patrick Dorneles, como Deputado Federal do estado da Paraíba, e de um importante gesto feito pelo Deputado Federal Pedro Cunha Lima e Rafael Souza (Rafáfá), que abriu e oportunizou a chegada do Patrick Dorneles, representando ele mesmo como bandeira de luta e de vida. O vereador destacou que sabe que ele fará uma diferença enorme com a sua pauta tão especial.
Rubens falou a respeito da legalização do aborto até a 24ª semana (6 meses de gestação) que foi aprovada no dia de ontem na Colômbia, com 4 votos à 3. O vereador ressaltou que um bebê de 24 semanas ‘tem todos os sentidos desenvolvidos, possui cerca 30 cm, pesa cerca de 500g, tem olhos, mãos, pés, cabelos (…) o bebê já interage, chuta, urina, interage e ouve a voz da própria mãe e do ambiente externo’ – frisou.
Segundo ele, existe uma ideologia que quer dominar a região da América do Sul, com influência nas cortes judiciárias pela esquerda, e que será preciso um movimento muito mais ousado e intenso para não permitir que esta volte a reinar no Brasil. Ele ainda disse que é contra o aborto e que tem apresentado projetos de lei, que vão favorecer a promoção da vida de forma indistinta, de forma que aquela mulher que por ventura teve uma gestação não planejada, possa de acordo com o que diz o estatuto, entregar o bebê para a equipe multiprofissional do município, que poderá viabilizar a destinação responsável da criança, para lista de inscritos em procedimentos de adoção de crianças.
Por fim, o vereador também informou que as mães e pais de crianças da rede pública estadual, fizeram provocações ao vereador, pois alegam que as crianças e jovens estão sendo constrangidas, pela falta do cartão de vacinação, diante daquelas famílias que ainda não vacinaram suas crianças por medo e insegurança. Ele solicitou que a CASA promulgue o projeto de lei que proíbe a obrigatoriedade do passaporte vacinal na cidade de Campina Grande.
Alexandre Pereira (PSD) tratou sobre o que foi visto no dia de ontem na capital paraibana. Ele descreveu como algo estarrecedor e disse que, “se vivêssemos em um país sério, o que aconteceu ontem não aconteceria’’. Além disso, registrou que eles disseram que o governo João Azevedo ‘não tem o que mostrar’, no entanto, ele relata que essa oposição só está existindo agora, pois durante todo esse tempo não houve críticas ao Governo do Estado.
Ele também fez críticas ao ex-governador Ricardo Coutinho e questionou, “será que as pessoas esqueceram as atrocidades cometidas por Ricardo Coutinho? ’’. Relembrou que ainda, durante o seu mandato, as mães de família morreram por falta de medicação. “Até um juiz foi denunciado e ninguém fala mais sobre isso’’ – disse.
O vereador disse que a Paraíba sofre de ausência de líderes e referenciais políticos que possam dar um norte a política paraibana. “Lideranças como Wilson Braga, Ronaldo Cunha Lima, Zé Maranhão, não existem mais’’, lamentou.
O vereador Pimentel (PSD) solicitou uma parte e mencionou algumas obras que deveriam ter sido realizadas durante o governo de Ricardo Coutinho, mas que não foram feitas. “Sem querer acusar ou defender ninguém, mas, por exemplo, poderia ter sido feita a pavimentação da estrada para Catolé da Boa Vista, não fez. Deveria ter feito a PB 100, não fez’’ – disse.
Ainda mencionou o quanto falou na Tribuna para que o governo do Estado construísse uma maternidade regional, mas que os anos se passaram, e só agora no governo de João Azevedo está iniciando a construção do novo Hospital de Clínicas que irá desafogar a maternidade e atender melhor as parturientes.
Sobre o cenário político paraibano, ele disse que está péssimo. “São uns condenados, outros de olho no dinheiro do fundo partidário, outros tentando escapar por falta de voto, outros só falando mal dos outros sem apontar as soluções’’ – finalizou.
Luciano Breno (PP) também mencionou o desânimo com a política, mas registrou que esse é o caminho mais viável para atender aqueles que mais necessitam. No entanto, disse que, “infelizmente não existe mais respeito, não existe mais ideologia de partido e posicionamento. O que na verdade existe hoje é a busca pelo interesse pessoal’’ – registrou.
Rubens Nascimento mencionou que João Azevedo estava aliado ao Cidadania, sendo esse o antigo partido popular socialista, a qual ele estava filiado. Disse que o Cidadania também foi criado com os remanescentes do partido comunista do Brasil, assumindo a mesma numeração 23 do extinto PCB. ‘O PCB tinha na sua grade de filiados o guerrilheiro Carlos Marighela’ – disse.
Segundo o vereador, agora João Azevedo retorna para o partido socialista brasileiro, seguindo a sua coerência socialista. Ainda disse que em meio a isso, há políticos com discursos conservadores, mas que apoiam partidos socialistas. ‘Usam muitas vezes a igreja, pastores e padres, para se dizerem conservadores, quando na verdade, é um modo oportunista, em busca de espaços, vão apresentar a candidatura do Partido Socialista Brasileiro, para quem sabe estarem trabalhando e dando continuidade à ditadura da esquerda que nós iremos combater’ – disse.
Sargento Neto (PSD) informou que o presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos), esteve impossibilitado de presidir a sessão do dia de hoje, pois estava presente no enterro da jovem Jenniffer Mirelly. A jovem faleceu devido a queimaduras graves em seu corpo.
Dando continuidade, ele mencionou que neste final de semana realizou visitas em algumas comunidades, buscando trazer para a CASA, os problemas do cotidiano da população e que, as solicitações foram transformadas em requerimentos e que acredita que daqui para quinta-feira irão debater um pouco sobre essas solicitações.
Além disso, o vereador transmitiu um vídeo em uma sala de aula de escola pública, onde o professor ensina sobre identidade de gênero e orientação sexual. Ele disse que no seu tempo ia para a escola aprender sobre português, matemática e geografia. “A educação dos filhos quem dá é os pais. Não são os professores. Eles estão lá para ensinar o que é português, matemática e outras matérias’’ – registrou.
Rubens Nascimento solicitou uma parte, e disse que é por isso que eles não aceitam o projeto ‘Escola sem partido’. Ele disse que o projeto não defende ideologias de nenhum dos campos, mas que é apenas para que a escola se empreenda a ensinar aquilo que é da sua rotina, dentro dos calendários e ementas. Ele sugeriu ainda que as famílias devem conferir o material didático das crianças.
O vereador Sargento Neto (PSD) finalizou dizendo que respeita cada um deles, mas que é preciso que eles respeitem ‘o direito dos nossos espaços e da educação dos nossos jovens’.
Luciano Breno (PP) ressaltou que esta é a grande questão. “É uma minoria que quer implantar na maioria uma ideologia’’ – disse. Ele ainda disse que continuará lutando contra a ideologia de gênero.
Waldeny Santana encerrou a sessão por falta de quórum, e convidou os parlamentares para a sessão desta quarta-feira (23), a ser realizada em formato híbrido, a partir das 9h30.
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DIVICOM/CMCG