Número de animais abandonados na cidade preocupa o legislativo
A 37ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada nesta quinta-feira (5), em formato híbrido, foi aberta pelo vereador Waldeny Santana (UNIÃO) e os trabalhos foram concluídos pelo presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos). Durante os trabalhos foram aprovadas sete Atas e 50 requerimentos.
PEQUENO EXPEDIENTE
Fabiana Gomes (PSD) iniciou a sua fala lembrando a Comemoração do Dia Municipal da Valorização da Língua Portuguesa, que é realizado na data de hoje (5), através da Lei 7.880 de sua autoria.
Ela informou que nesta quinta-feira, dia 5, estão havendo ações por parte da Secretaria de Educação com a participação de todos os estudantes, valorizando a língua mãe e abolindo a linguagem neutra das escolas. “É motivo de orgulho dizer viva a nossa língua portuguesa’’.
Anderson Almeida (MDB) falou sobre o sofrimento da população com a saúde, e relatou o caso do senhor José de Arimatéia que deu entrada na UPA Dinamérica, no sábado pela manhã, durante quatro dias se tentou pela regulação.
– Estive na UPA e acompanhei de perto o trabalho da direção da UPA para conseguir um leito no HUAC, o sistema encaminhou o senhor Arimatéia para o Hospital de Traumas, que não o aceitou. O HUAC não está nem aí com a saúde da cidade. Ontem, felizmente com a intervenção do secretário de Saúde, Gilney Porto, o senhor conseguiu ser aceito no hospital e já está recebendo o atendimento especializado – frisou.
GRANDE EXPEDIENTE
Waldeny Santana (UNIÃO) mais uma vez usou a Tribuna para fazer a prestação de contas do seu mandato nas ruas, e disse da sua felicidade pelo grito que fez para a conclusão das obras no entorno do Amigão.
Informou que o deputado estadual Tovar Correia Lima, tem cobrado na Assembleia a finalização da obra, que foi suspensa pelo Governo do Estado, causando inundações na rua Engenheiro Saturnino de Brito e nas adjacências.
O vereador lembrou que durante todo o ano de 2021 cobrou a conclusão da eterna reforma no Estádio Amigão. E disse que um advogado que mora na Rua Pedro Clementino, colocou o seu imóvel à venda, por conta da invasão das águas após as chuvas.
Em um aparte, o vereador Luciano Breno (PP), parabenizou Waldeny por seu mandato nas ruas, e se acostou às suas palavras. “Naquela área, considerada nobre, tem moradores querendo se desfazer do seu bem conquistado com muito trabalho, é muito triste. Infelizmente os governos não querem investir em obras que ficam debaixo da terra”.
Waldeny disse que foi procurar ajuda do prefeito Bruno Cunha Lima para solucionar os problemas daquela comunidade, e que o prefeito garantiu que vai incluir a rua nas ações da Prefeitura. Como um paliativo inicial já autorizou a abertura de valas para o escoamento das águas pluviais, e com isto evitar as inundações.
– Meu compromisso é com o povo, e que não é favor de prefeito ou governador fazer o serviço público funcionar, é obrigação, não é de graça ou benevolência – concluiu.
Luciano Breno (PP), falou sobre a situação que Campina Grande enfrentou ao longo desses dois anos, com impactos da pandemia, sobretudo na saúde da população, mas que apesar dessa situação, ele frisou que a cidade tem sido referência para mais de 150 municípios.
Citou também que foram mais de 18 mil atendimentos e mais de 50 mil procedimentos, através do Programa Saúde de Verdade, além de estar realizar e ampliando atendimentos para a população durante o aumento das arboviroses como Dengue e Chikungunya, além da síndrome gripal em crianças do município.
O vereador mencionou que o Hospital Pedro I e o Hospital Dr. Edgley tem feito e desempenhado um papel importante e sendo referência, assim como a Secretaria de Saúde tem se empenhado para resolver os problemas.
“Quanto mais se faz, mas se tem para fazer. Sempre haverá uma necessidade e a obrigação dessa gestão é trazer uma saúde de verdade para aqueles que mais precisam’’ – disse.
O vereador esclareceu que a informação que consta em uma matéria jornalística sobre o prefeito ter solicitado a retirada da sua assinatura do Projeto de Lei da emenda impositiva de autoria do vereador Olímpio Oliveira, além da assinatura de outros vereadores, não procede. Ele também agradeceu ao Prefeito por entender a individualidade e posicionamento de cada um.
Pimentel Filho (PSD) também mencionou sobre o projeto de lei e ressaltou que acredita que o Prefeito não fez essa solicitação, uma vez que enquanto era vereador, ele foi autor de uma lei com a mesma propositura. Ele também falou que não entenderá se os vereadores futuramente votarem contra o projeto, uma vez que essa medida já é implementada em todo o país.
Waldeny Santana (UNIÃO) destacou que sempre disse que simpatizava com a ideia e entendia a ferramenta como algo que fortalece o poder legislativo, se referindo ao PL da emenda impositiva, e disse que também assinou o projeto. No entanto, frisou que a medida não deve ser feita com o intuito de politicagem, mas sim de forma que funcione. Ele pontuou que é necessário que se faça o debate jurídico e a viabilidade técnica e orçamentária, para que a medida aconteça. “Não adianta fazer um discurso fácil. O meu compromisso é a execução e o fortalecimento da Casa, do poder e de cada colega’’.
Olímpio Oliveira (UNIÃO) mencionou sobre a discussão acerca do projeto de lei que trata da emenda impositiva e disse que cada discussão acontecerá no devido tempo. Ainda pontuou que independente do resultado final, terá respeito por todos aqueles que assinaram o projeto de lei.
Ele também trouxe ao conhecimento do plenário que fez uma caminhada na calçada do Açude Velho e que se deparou com diversos cães abandonados no local, doentes e com algumas sequelas.
Disse ainda que no próximo mês teremos turistas na cidade e que esse poderá ser o retrato de Campina Grande. Olímpio disse que por trás de cada animal, tem alguém que o abandonou, mas que a Prefeitura também não pode continuar como vem fazendo desde 2013, sem medidas para retirar os animais das ruas. Além disso, também informou que durante sua caminhada viu o fechamento da rua próximo ao Parque da Criança, acabando com o estacionamento. “As pessoas ficam receosas porque naquele local o carro fica um alvo fácil de assaltantes’’ – disse.
Janduy Ferreira (PSDB) acrescentou ao debate, mencionando sobre o aumento de cães abandonados durante a pandemia, mas que já está havendo uma resposta do poder público. Informou que daqui há dois meses o município terá um castra móvel com o cadastramento de todos os animais, além do investimento de mais de 2 milhões para a causa animal. “Precisamos desse debate pois é muito salutar, mas já temos uma resposta por parte do poder público. Vamos ter nos próximos meses um trabalho em massa de controle populacional’’ – frisou.
Luciano Breno (PP) disse que irá dialogar com o poder público sobre o que foi mencionado em relação ao fechamento da rua, para entender os motivos técnicos que levaram a realização da mudança, e que sendo necessário irá tentar solicitar o restabelecimento das vias e da passagem dos veículos. Em relação aos animais, disse que acredita ser um grupo dos mesmos animais e que já levou ao conhecimento da gestão, para que alguma medida seja realizada.
Jô Oliveira (PCdoB) mencionou sobre o estreitamento de diversas ruas na cidade de Campina Grande e que todos os dias recebe relatos sobre isso. Além disso, falou sobre a questão dos animais nas ruas, informando que tem diversos animais abandonados no seu bairro, mas que não tem como responsabilizar as pessoas que abandonaram, uma vez que não se sabe quem são. “É importante que a gente tenha uma fiscalização efetiva em relação a isso, porque a gente cobra do poder público, mas tem que identificar esses cuidadores’’ – frisou.
Renan Maracajá (Republicanos) também falou sobre a rua mencionada pelo vereador Olímpio, que além de prejudicar a questão do trânsito, também prejudicou os ambulantes que trabalhavam no local, que já tinham uma clientela consolidada e sustentavam suas famílias. Ele disse que é necessário buscar uma sensibilidade do superintendente para reabrir o local, que será bom para a população e para as pessoas que vivem daquele comércio.
CAMPANHA DESTINAÇÃO DE RENDA
O presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos) tratou da audiência que ocorreu na manhã do dia de ontem (4), com relação a captação de recursos através da Receita Federal na declaração do Imposto de Renda.
Na audiência, foi explanado pelo gerente regional, Dr. Gilberto, que através da declaração, a população pode destinar um valor para o fundo municipal da criança e do adolescente.
O dinheiro doado é destinado através do imposto que é cobrado todos os meses, ou seja, ao invés de ir para a receita federal, a pessoa que realiza a doação destina 3% para os conselhos.
Diante disso, o presidente fez uma solicitação aos que estão presentes, vereadores e servidores, para que realizem a doação. Marinaldo reforçou a importância de contribuir com o Conselho da Criança e do Adolescente e no próximo ano, a doação também poderá ser destinada ao Conselho do Idoso.
O presidente Marinaldo encerrou os trabalhos convidando os parlamentares para a sessão ordinária, a ser realizada na próxima terça-feira (10), em formato híbrido, a partir das 9h30.
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DIVICOM/CMCG