História

Câmara Municipal de Campina Grande

Origem e Formação de Campina Grande

Campina Grande começou primitivamente como uma aldeia de índios Cariris. Em dezembro de 1697, o português Theodósio de Oliveira Lêdo reconheceu o aldeamento de Cavalcante como uma unidade administrativa do Reino de Portugal, servindo como ponto de anteparo e abastecimento entre o litoral e o sertão da Capitania. Em janeiro de 1698, o governador-geral da Capitania, Manoel Soares de Albergaria, enviou um frade franciscano para catequizar os índios Ariús e administrar a missão em Campina Grande.

Situada estrategicamente entre o alto sertão e a zona litorânea, com terras férteis, a aldeia rapidamente se transformou em um povoado próspero. Em 1769, foi elevada à categoria de freguesia sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. Em 1790, a vila foi rebatizada como Vila Nova da Rainha.

Durante o século XIX, Campina Grande testemunhou diversos movimentos revolucionários, incluindo as revoluções de 1817, 1824 e 1848, além da insurreição do “Quebra-quilos” em 1874, motivada pela decretação de impostos e adoção de um novo sistema de pesos e medidas.

Primeiros anos da Câmara Municipal de Campina Grande

A Câmara Municipal de Campina Grande foi estabelecida em 1790, quando a localidade foi elevada à categoria de vila. No entanto, o primeiro prédio destinado especificamente para abrigar a Câmara só foi construído a partir de 1812, sendo inaugurado em 1814. Esse prédio histórico hoje abriga o Museu Histórico de Campina Grande.

Antes da construção do prédio da Câmara, as reuniões provavelmente ocorriam em um local provisório que a história não registrou. É certo que a Câmara Municipal, também conhecida como Senado da Câmara naquela época, teve um papel importante na administração local desde seus primórdios.

Desenvolvimento urbano e administrativo

Campina Grande experimentou um significativo crescimento ao longo dos séculos XIX e XX. Em 1864, foi elevada à condição de cidade. O ramal da Great Western of Brazil Railway Company, inaugurado em 1907, e a iluminação elétrica, introduzida em 1919, foram fatores decisivos no progresso local.

Paço Municipal e Outros Edifícios Históricos

O Paço Municipal, que servia como sede do governo local, foi construído em 1877 e inaugurado em 2 de dezembro de 1879. Este edifício histórico, localizado ao lado da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, foi um marco na estrutura administrativa da cidade.

Em 1942, o Paço Municipal foi demolido durante a gestão do prefeito Vergniaud Wanderley, dando lugar, hoje, a um monumento a Nossa Senhora da Conceição, sendo a função substituída pelo edifício da Prefeitura Municipal de Campina Grande, inaugurado em 24 de maio de 1942. Este novo prédio, também conhecido como “Prédio da Municipalidade”, posteriormente abrigou a Câmara Municipal de Campina Grande, Casa Félix Araújo, e atualmente é ocupado pela Biblioteca Municipal Félix Araújo.

Hoje, a Câmara Municipal de Campina Grande funciona no prédio localizado na Rua Santa Clara, no bairro do São José.

Félix Araújo, o Patrono da Câmara

Em 8 de setembro de 1959, a Câmara Municipal de Campina Grande foi oficialmente denominada “Casa de Félix Araújo” em homenagem ao influente vereador e advogado, reconhecendo sua contribuição significativa para a cidade, através da Resolução nº 066, em 08 de setembro de 1959, assinada pelo Presidente Mário Araújo.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados sobre Campina Grande. Disponível em: https://www.ibge.gov.br.
BRITO, Vanderley de; STEINMULLER, Ida. História de Campina Grande: da aldeia à metrópole. 2020.
Câmara Municipal de Campina Grande. Arquivo de leis e resoluções.