CMCG realiza Audiência Pública do Dia do Trabalhador
O presidente da CMCG, Marinaldo Cardoso (Republicanos), abriu a audiência e passou a presidência a vereadora Jô Oliveira (PC do B) autora da propositura, da Audiência Pública alusiva ao Dia do Trabalhador, que foi realizada de forma híbrida na manhã desta quarta-feira (5). A vereadora deu boas-vindas aos participantes presenciais e os que estavam de forma remota.
A Profª. Drª. Nadine Agra, do Observatório do Trabalho saudou os vereadores e agradeceu o convite para mostrar a sua pesquisa a respeito do mundo do trabalho em Campina Grande num contexto mais amplo. A condição de trabalho numa pandemia.
Com a revolução industrial, o uberismo hoje é uma das mais recentes formas de exploração da forma de trabalho, consistente numa hiperexploração dos trabalhadores por meio de plataformas. Um emaranhado algorítmico pensado para arrancar direitos trabalhistas na forma de startup jovem, de sucesso, vibrante, lucrativa.
Ela falou também a respeito da precarização com a perda de direitos e do desalento do trabalhador que desistiu de procurar emprego. Apresentou a radiografia da produção da Paraíba em relação ao Nordeste e de João Pessoa e Cabedelo em relação a Campina Grande e Patos.
Ciro da Costa Freire, representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, falou a respeito dos trabalhadores e microempresários. Lamentou que o País não tenha a tão esperada e sonhada Reforma Tributária.
Ele diz que o Estado (Federal, Estadual e Municipal) tem que criar formas para a criação de pontos de trabalho, e lamenta que Campina Grande já foi maior do que cinco capitais do Nordeste, e hoje tudo foi direcionado para a beira mar.
A Audiência contou com a participação de professores, sindicalistas e vereadores, que falaram a respeito da luta dos trabalhadores.
Ao final, Jô Oliveira agradeceu a participação de todos os convidados, afirmando que é necessário a ampliação dos estudos a partir do que é produzido nas Universidades e da necessidade de reativar o Conselho dos Direitos Difusos; a fiscalização do Procon e uma prestação de contas do órgão.
A vereadora concluiu que é preciso ampliar o debate a respeito das cozinhas comunitárias, a participação do planejamento da cidade para os próximos 10 anos e o compromisso com a continuidade dessa pauta.
DIVICOM/CMCG