Na noite desta quarta-feira (29), teve início O Maior São João do Mundo, que se estenderá até o dia 30 de junho de 2024. Este ano, a edição traz consigo desafios significativos, tanto estruturais quanto de tempo. Com um Parque do Povo 25% maior, atendendo a uma antiga reivindicação de interligação ao Parque Evaldo Cruz e sua reestruturação, a festa promete ser ainda mais grandiosa.
O evento, que ganha cada vez mais repercussão como um dos maiores festejos juninos, desperta a curiosidade e atrai um número crescente de turistas. Este aumento do fluxo turístico durante o período junino resulta em um significativo incremento no comércio local, consolidando-se como o período mais rentável para a cidade. O sucesso d’O Maior São João do Mundo também beneficia os municípios vizinhos, que promovem eventos paralelos para “desafogar” Campina Grande da grande massa de visitantes.
O Poder Legislativo, como representante da população, tem desempenhado um papel crucial, com os vereadores se dedicando à divulgação, reclamações, denúncias, cobranças e fiscalizações. Estes esforços visam garantir que os interesses da comunidade sejam atendidos, formando um conjunto legislativo comprometido com o bem-estar dos cidadãos.
Assim, inicia-se o maior evento turístico de nossa região. Como legisladores, estamos mais uma vez prontos para cumprir nosso papel, acolher bem os turistas e vivenciar nossas tradições ao som da sanfona, zabumba e triângulo, acompanhados das quadrilhas juninas e grupos de danças folclóricas, enriquecidos por outros ritmos do nosso Brasil Tropical.
“Que O Maior São João do Mundo, de 2024, seja abençoado por Deus!”
Marcio Melo (Podemos) iniciou a sua fala destacando a abertura do Maior São João do Mundo, e apresentou a tabela de preços elaborada pela VaideBet dos produtos que serão vendidos no interior da festa do Parque do Povo. Marcio Melo questionou os valores ofertados, que para ele, impossibilita o consumo por maior parte da população e disse que é necessária uma ação de fiscalização do Procon.
Pimentel Filho (PSB) complementou a fala, destacando que o Maior São João do Mundo corre o risco de se tornar o ‘Maior VaideBet do Mundo’, ele apresentou um vídeo com as publicidades da empresa espalhadas por toda a cidade de Campina Grande e a ausência da publicidade da Prefeitura. Ele ressaltou que é importante dar visibilidade às empresas, mas que não pode apagar a construção histórica da festa.
Anderson Almeida (PSB) solicitou um aparte, para falar sobre a privatização da festa do Maior São João do Mundo e arrecadação de impostos das empresas gestoras da festa e enfatizou que solicitará a convocação do Secretário de Finanças e toda sua equipe para que informem como serão cobrados esses impostos. Anderson informou que ainda não houve uma prestação de contas da festa realizada no ano passado referente a cobrança de impostos às empresas.
Alexandre Pereira (UNIÃO), sobre as falas dos vereadores, disse que a preocupação merece as devidas reflexões, mas pontuou que o Procon não pode tabelar preços.
Em seguida, trouxe novamente o tema da obra do Arco Metropolitano, realizada pelo Governo do Estado, em que o vereador denuncia que está desmoronando com menos de três meses de sua construção. Segundo o vereador, durante uma entrevista com o representante do governo, Israel Costa (SUPLAN), ele ressaltou que estão tomando os cuidados, mas que a obra merece uma atenção especial.
Por fim, disse que o governo do estado determinou que o Parque Evaldo Cruz permaneça cercado com tapumes de alumínio, para evitar que se torne um esconderijo de armas durante as festas no parque do povo. No entanto, o vereador Alexandre disse que essa medida não foi realizada em anos anteriores e que a estrutura não impede que a ação criminosa seja realizada, parecendo que a intenção é de ‘esconder’ a obra realizada.
Marcio Melo (Podemos), pela ordem fez um comparativo do valor da obra do arco metropolitano com recursos em torno de 48 milhões, ressaltando a sua importância e benefício para diversas cidades, com a obra de abertura do túnel que dá acesso ao Parque do Povo, realizada pela Prefeitura, no valor de 37 milhões de reais. O vereador comparou a dimensão e importância das obras, mas que apesar disso, os investimentos são quase semelhantes.
Jô Oliveira (PCdoB) também se referiu aos valores que ela considera exacerbados, cabendo orientações do PROCON e informou sobre a realização do protesto realizado pelos barraqueiros, nas proximidades do Parque do Povo, que questionavam a localização das suas barracas. A vereadora disse que a situação ainda não foi resolvida e que as pessoas com menos poder aquisitivo estão sendo mais prejudicadas, inclusive no momento de lucrar. ‘O Maior São João do Mundo tem se tornado cada vez mais excludente com os seus’, denunciou.
Nesta quarta-feira (29) a 46ª sessão ordinária da 4ª sessão legislativa da Câmara Municipal de Campina Grande, foi presidida pelos vereadores Márcio Melo, Eva Gouveia e Fabiana Gomes e secretariada por Janduy Ferreira.
DENÚNCIA
Pimentel Filho (PSB) disse que está recebendo reclamações, de que neste ano na festa do Maior São João do Mundo, os turistas que estão nos hotéis vão receber uma pulseira diferente e terão uma entrada exclusiva. O vereador disse que não tem turistas apenas em hotel e que com essa metodologia, pode impedir a entrada da população de Campina Grande e regiões próximas.
EMENDAS IMPOSITIVAS
Olimpio Oliveira (Podemos) disse que foi surpreendido com o noticiário de que o prefeito Bruno Cunha Lima judicializou uma ação de inconstitucionalidade contra o projeto que criou as emendas impositivas e ressaltou que este é um direito que assiste ao prefeito, mas que para ele, ‘o teatro que foi montado’ é deplorável.
O vereador acrescentou que o prefeito escolheu o poder legislativo para justificar a sua inapetência e que reduziu Campina Grande aos limites do Parque do Povo, onde o restante da cidade sofre com a ausência do poder público. “Nós vamos enfrentar, pois quem está sendo atacado não é o autor do projeto, mas o Poder Legislativo e sua soberania”, afirmou.
TRIBUNA
Rostand Paraíba (PP) utilizou a Tribuna para fazer pedidos de melhorias para a periferia de Campina Grande, solicitando ao secretário responsável a limpeza de canais na zona leste, assim como dentistas e medicamentos nos postos de saúde da região e asfaltamento.
Com relação a SEMAS – Secretaria Municipal de Assistência Social, relembrou a promessa da gestão da implementação do Programa Morar Melhor, mas que até o momento não foi realizada.
DIVICOM/CMCG