Câmara homenageia fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em Sessão Especial nesta terça-feira

A Câmara Municipal de Campina Grande, promoveu nesta terça-feira (19), em formato híbrido, uma Sessão Especial alusiva ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, uma propositura da vereadora Carol Gomes (PROS), presidente da Comissão de Saúde.

Participaram da sessão, o presidente do CREFITO 1 – (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), através de vídeo.

A mesa foi formada com Jeime Leal – Diretora de Atenção da Saúde; Luciano Medeiros Lima – Coordenador Municipal de Fisioterapia; Eliete Colaço – Conselheira do CREFFITO; Angela Carvalho – Delegada do CREFFITO; Jefferson Polari – Terapeuta Ocupacional; Miguel Dantas – Diretor de Vigilância em Saúde do Município e Sidnei Nunes – Ex-paciente de fisioterapia, pós-covid.

Na sua justificativa, a vereadora Carol Gomes registrou a emoção pela realização desta sessão, reafirmou que “nossa maior missão é cuidar de quem verdadeiramente precisa da nossa assistência’’ e parabenizou em especial a todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que fazem parte do quadro do município.

Foto: Josenildo Costa/CMCG

Destacou a importância dessas profissões para a população de Campina Grande, sobretudo porque os profissionais da fisioterapia também estão na gestão da saúde do município, como Jaime que é Diretora da Atenção da Saúde.

Ressaltou também a profissão que está na linha de frente da pandemia e acrescentou que “sempre fizemos a diferença na saúde, seja na prevenção, na promoção, na reabilitação, na gestão’’ – frisou.

Por fim, solicitou a atenção dos gestores em relação a importância do fisioterapeuta, realizou agradecimentos a categoria, e frisou: ‘eu sou fisioterapeuta e estou vereadora. E posso dizer que quem me ensinou a estar aqui foi a fisioterapia, porque através dela a gente aprende a gostar e cuidar de gente’ – finalizou.

Entregou moção de aplausos a todos os coordenadores do setor de fisioterapia dos hospitais públicos e privados de Campina Grande: Dra. Raíssa Furtado do Hospital de Clínicas e Heloísa Helena do Hospital de Trauma, Arthur Ramos do Hospital do Pedro I, Rosa Suênia do Hospital Pedro I, Tisane Saraiva do Hospital Antônio Targino, Acsa Priscila do Hospital João XXIII, João Virgínio Moura do Hospital Universitário Alcides Carneiro e Maria Augusta da Clínica Santa Clara. 

Silano Barros – Presidente do CREFFITO 1 – Destacou a importância da solenidade e dos profissionais da fisioterapia que estão em destaque na linha de frente da pandemia da covid-19 e na retaguarda. Registrou que Campina Grande é a única cidade do Brasil que trabalha a implantação da Política Municipal de Saúde Funcional, que agora em outubro terá a terceira etapa concluída para que aconteça a sua implementação. O CREFITTO 1 está capacitando e ofertando a implantação a custo zero para o município e o município também está fazendo todo o esforço em tempo ágil para entrega ao cidadão.

Agradeceu ao ex-secretário de saúde Felipe Reul, ao atual secretário de saúde Dr. Gilney Porto e ao prefeito Bruno Cunha Lima.

Além disso, acrescentou que o CREFFITO 1 junto à prefeitura de Campina Grande, assinaram um termo de compromisso, no qual vão garantir o acesso, a inclusão às políticas públicas de saúde da cidade como um todo. 

Luciano Medeiros – Coordenador Municipal de Fisioterapia – Também citou a implantação da Política Funcional, sendo a primeira cidade do país a implementar essa política, graças ao olhar sensível e humano do prefeito Bruno Cunha Lima.

Relembrou a luta inicial contra a covid-19, e informou que criaram uma comissão em capacitação para que todos os profissionais tivessem treinamentos para realizar atendimento na UTI e disse que o Hospital Pedro I foi a primeira unidade hospital a utilizar a VNI (ventilação não invasiva) em todo o hospital, com êxito em grande número de altas.

Acrescentou que apesar das perdas e da situação difícil, a pandemia, de forma geral, também trouxe benefícios para a rede hospitalar, uma vez que se tinha uma equipe composta por sete profissionais e hoje são 48 profissionais, além daqueles que não tinham experiência e hoje estão finalizando suas especializações, além disso, informou que agora o município possui fisioterapeutas 24h nas duas UPAS.

Também citou o Programa Superar – Centro de Reabilitação pós covid-19 de Campina Grande, que veio com o propósito de ‘entender, acolher e principalmente de cuidar’, possuindo hoje mais de 700 pessoas reabilitadas através do centro.

Jeime Leal – Diretora da Atenção da Saúde – Disse estar muito feliz pela sua trajetória na fisioterapia e relembrou que foi fisioterapeuta pioneira na missão dos cuidados nas crianças acometidas com microcefalia – Síndrome Congênita da zika vírus e que hoje faz parte de uma pasta tão importante ligada diretamente ao planejamento de todas as políticas públicas voltadas à atenção primária à saúde.

Ressaltou o crescimento da fisioterapia e do terapeuta ocupacional no país, com uma valorização maior dos profissionais que atuam tanto na assistência quanto na gestão.  Por fim, parabenizou a todos os fisioterapeutas e terapeutas por esse dia e disse que espera poder comemorar essa data, nos próximos anos, de forma mais calorosa.

Eliete Colaço – Conselheira do CREFFITO 1 – Registrou que o CREFFITO 1 orgulha-se dos profissionais que ao longo dos seus 52 anos e pelos últimos 1 ano e 7 meses, atenderam e honraram a vida, através da sua missão profissional.

Relembrou que no dia 16 de março do ano passado, após a OMS ter declarado a situação pandêmica, solicitou ao Conselho Federal que revisse o artigo 15 do código de ética profissional e liberasse durante a pandemia a possibilidade da utilização do atendimento por meio das tecnologias interativas, permitindo que milhares de pacientes continuassem recebendo os devidos atendimentos.

Atualmente, ela disse acreditar que se vive um momento de grandes esperanças, contudo compartilhou um texto onde retrata a situação dos profissionais fisioterapeutas, que durante a pandemia não parou de trabalhar, tendo sido um período difícil de enfrentamento a covid-19, devido a um trabalho árduo, a ausência de convívio social e o descanso inexistente.

Ângela Carvalho – Delegada do CREFFITO 1 – Disse que é fisioterapeuta com muito orgulho, independente do seu local de atuação. Falou sobre o conselho que busca juntamente com a gestão realizar um trabalho construtivo e citou as conquistas relativas à chegada dos terapeutas ocupacionais que antes não existiam no município, mas que hoje existem. 

Miguel Dantas – Diretor de Vigilância em Saúde – Saudou a mesa em nome da vereadora Carol Gomes e manifestou seu respeito a todos os protagonistas, os fisioterapeutas. Citou as referências de professores que se encontram na sessão, o Dr. João e a Dra. Augusta, sendo eles os maiores exportadores de mão de obra qualificadas, respeitados no país inteiro e profissionais de altíssimo nível que ele pode ter na sua formação em universidade pública. Também citou o Centro de Reabilitação, o Superar, com o mais alto nível e registrou o respeito oferecido ao fisioterapeuta e ao terapeuta ocupacional na atualidade. 

Jefferson Polari – Terapeuta Ocupacional – Falou sobre o surgimento da terapia ocupacional, que surgiu pós primeira guerra com as pessoas que precisavam voltar ao mercado de trabalho e foi colocada nesse momento em atuação nos EUA e explicou sobre a atuação do terapeuta ocupacional, de formação de nível superior, que lida com a vida das pessoas no cotidiano, seja nas atividades e ações voltadas para si, para a família e para a comunidade ou para a sociedade em geral, atuando e contribuindo para que a pessoa faça o que é significativo para ela, além de ser articulador social para tentar promover os direitos da população. Por fim, também citou os números necessários (200 terapeutas ocupacionais) para atender às recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Ex-paciente do Pedro I e usuário do Superar – Sidney Nunes – Demonstrou felicidade em ouvir todas as falas que foram realizadas e na condição de paciente sai ainda mais fortalecido por tudo o que ouviu nesta manhã. Saudou todos os presentes e deixou as suas condolências a todas as famílias que perderam os seus entes queridos

Fez o seu testemunho quando foi acometido pela covid-19 no dia 16 de março, ficando internado no Hospital Pedro I, durante 37 dias de internação, sendo 21 dias de UTI, 6 dias de área vermelha e 10 dias na enfermaria. É um processo com duas intubação e traqueostomia, perdendo 30kg e recebendo alta com o psicológico muito abalado achando que as seqüelas seriam eternas.

Procurou então a assistência pós covid e foi apresentado ao programa Superar, e nesse momento reacendeu uma esperança, tendo o seu tratamento iniciado. Agradeceu em especial a Dra Andressa Albuquerque que é sua fisio pulmonar e disse que através do programa recuperou sua estima, funções pulmonar e locomoção.

‘Encontrei amor no atendimento, que gerou no meu coração fé e esperança. Quero incentivar a todos os vitimados, que procurem essa assistência, pois ela é extremamente importante. Quero também estimular as autoridades que continuem nesse empenho’ – destacou

Arthur Ramos – Fisioterapeuta do Hospital Pedro I

Agradecer a Deus pela oportunidade de estar na sessão, podendo exaltar a profissão, a vereadora Carol Gomes e a atual e antiga gestão municipal, principalmente da secretaria da saúde. Citou também os nomes dos profissionais fisioterapeutas que realizaram e realizam um trabalho importante lutando pela vida de cada paciente.

Rosa Suênia – Fisioterapeuta do Hospital Pedro I  – disse  que esta sessão foi um presente na manhã de hoje e que se sente muito bem recebida por estar na presença de pessoas extremamente queridas. Ressaltou que a fisioterapia junto com a terapia ocupacional é o casamento perfeito. Fez uma homenagem especial a especialidade da fisioterapia cardiorespiratória de terapia intensiva, que nessa pandemia mostrou muitos desafios, sobretudo nos momentos de atendimento de vários pacientes com desconforto respiratório.

Tisane Saraiva – Fisioterapeuta no Hospital Antônio Targino – Falou sobre a trajetória do trabalho difícil realizado pelos fisioterapeutas durante a pandemia da covid-19 e parabenizou a equipe que mesmo diante do medo estava lá cuidando dos seus pacientes. Citou as diversas capacitações realizadas com as equipes e ressaltou a equipe humanizada. “A covid-19 veio para mostrar que podemos sempre aprender, nos reinventar, melhorarmos como pessoas e profissionais’’ – frisou.

Dra. Maria Augusta – Fisioterapeuta na Clínica Santa Clara – Disse que a covid-19 veio para mostrar o que já era feito pelo profissional da fisioterapia, uma vez que já existiam diversos pacientes acometidos de forma crítica, mas que durante a pandemia foram números maiores, e todo mundo pode ver e compreender o trabalho que era realizado. Citou a UTI humanizada da clínica Santa Clara, que foi um apoio importante para aqueles que acompanhavam familiares acometidos com a covid-19, com solidariedade humana na hora da perda. ‘Acredito que fomos solidários e os profissionais da fisioterapia estiveram presentes fazendo esse trabalho’ – destacou.

Professor Dr. João Virgínio – Fisioterapeuta Hospital Universitário Alcides Carneiro – Ressaltou que a palavra do dia era empoderamento, porque só é conquistado o que precisa ser feito pelos outros quando há espaço, e acha que o espaço vindo através de Carol e da Casa Legislativa, significa esperança. Frisou também a importância realizada pelo trabalho da terapia ocupacional.

Foto: Josenildo Costa/CMCG

Acrescentou que se emocionou com os fisioterapeutas ocupando os espaços de gestão, e se sentiu uma fração do que eles representam. Também disse que a pandemia veio para abrir a perspectiva da ciência crescer, porque se perdeu um pouco do orgulho de disseminar o saber. ‘Conseguimos trabalhar com a telemedicina, com discussões via youtube, hoje não precisamos de palestrantes caros, de congressos vultosos, a solidariedade humana passou para a solidariedade científica, o que é importantíssimo para a população’  – ressaltou. Por fim, registrou a importância do Sistema Único de Saúde do Brasil.

Carol Gomes – Agradeceu aos colegas terapeutas ocupacionais e reconheceu a importância da profissão irmã, diante da história de reabilitar pessoas. Agradeceu também ao CREFFITO em nome de Silano, aos coordenadores dos setores de fisioterapias dos hospitais e a todos os profissionais. Prestou o reconhecimento do papel que fizeram enquanto verdadeiros líderes, enfrentando um cenário que era semelhante a uma guerra, ressignificam, foram aguerridos e acima de tudo carregaram com si a maior missão que foi salvar vidas.

Foto: Josenildo Costa/CMCG

Disse também que se orgulha da sua profissão, ainda mais por saber que tem grandes companheiros e colegas de profissão que enalteceram a fisioterapia no Brasil e no mundo. Deixou registrado que coloca no seu gabinete a disponibilidade para que possa ajudar a categoria.

Mãe de Artur Quirino – Agradeceu a CASA o reconhecimento do profissional fisioterapeuta, e parabenizou os profissionais que inspiraram o conhecimento e os desafios e respiravam a ação, o trabalho, a vontade de cuidar com as mãos, com o coração e com a mente.

Deixou seu reconhecimento do ensino das instituições públicas e fez um agradecimento também à gestão passada e atual, que tanto valorizou e atuou ao lado desses profissionais.

O agradecimento também se estendeu a toda equipe do Pedro I, onde Artur foi acometido pela covid duas vezes, mas enquanto paciente também foi acolhido e bem cuidado.

Ao encerra a sessão, a vereadora Carol Gomes convidou os participantes para a tradicional foto.

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DIVICOM/CMCG