A 42ª sessão ordinária da 3ª sessão legislativa da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada nesta quarta-feira (17) em formato híbrido e presidida por Marinaldo Cardoso (Republicanos) foi secretariada por Saulo Noronha (SD).
Em uma cena lamentavelmente comum nos hospitais brasileiros, a chegada de uma ocorrência do SAMU com um paciente em estado grave é apenas o começo de um dilema que se repete constantemente: a demora na devolução da maca utilizada no transporte. Enquanto o paciente é levado para o setor de emergência na própria maca da ocorrência, uma disputa se inicia, com interação mútuas sobre quem é o responsável pela retenção do equipamento essencial.
De um lado, alguns culpam o hospital por reter a maca por tempo indeterminado, impedindo que outros pacientes sejam socorridos com a agilidade. Do outro lado, defensores da equipe médica argumentam que o uso da maca naquele momento é fundamental para garantir o atendimento adequado e o conforto do paciente que acabou de chegar.
Essa situação paradoxal coloca os pacientes em uma posição vulnerável, tornando-os vítimas em duas frentes. Primeiro, sofrendo com a retenção da maca, o que prolonga seu desconforto e agrava sua condição, além de impedir o rápido atendimento de outros indivíduos em emergência. Em segundo lugar, enfrenta a falta de socorro a outros pacientes que, por consequência da retenção, são privados do acesso rápido aos cuidados médicos necessários.
A falta de um protocolo claro e eficiente para a devolução das macas contribui para a perpetuação desse problema, que afeta não apenas os pacientes, mas também a eficiência do sistema de saúde como um todo. É fundamental que hospitais e órgãos competentes busquem soluções para mitigar essa situação e garantir que todos os pacientes sejam atendidos, sem atrasos ou negligências decorrentes da retenção de macas.
Uma medida possível seria investir em um número maior de macas disponíveis, a fim de evitar a escassez do equipamento. Além disso, é importante estabelecer procedimentos claros para a devolução imediata das macas após o uso, garantindo a sua disponibilidade para os próximos pacientes.
Também é necessário promover uma comunicação eficaz entre as equipes de atendimento das emergências e os hospitais, para que haja um fluxo contínuo de informações sobre a chegada de pacientes e a disponibilidade das macas. Afinal, Campina Grande recebe diariamente centenas de pacientes, muitos em estado grave, e estamos à beira de um grande fluxo de pessoas com a chegada dos festejos juninos.
Em última análise, a retenção de macas nos hospitais representa uma falha sistêmica que precisa ser enfrentada de forma urgente. Os pacientes não podem ser vítimas de uma situação que poderia ser evitada com uma melhor gestão e organização dos recursos disponíveis. É preciso unir esforços para assegurar que todos recebam atenção necessária no momento adequado, garantindo o princípio fundamental da saúde: salvar vidas.
“MACAS RETIDAS NO TRAUMA”
Anderson Almeida (MDB) trouxe o tema relativo à saúde da cidade, informando que ontem foi conclamado para ir ao Hospital de Traumas de Campina Grande, inicialmente na tentativa de sanar o problema de uma jovem cidadã, que aguarda há mais de 60 dias por atendimento.
“Todos sabem que a função do Hospital de Traumas não é essa”. De acordo com o vereador, a paciente já teria ido para a UPA e sido regulada para o Hospital Pedro I e para o Hospital Dr. Edgley, mas não recebeu o atendimento médico.
O vereador acrescentou que viu nas redes sociais, um vereador da cidade de Campina Grande, denunciando que o Hospital de Traumas estava superlotado e que as macas do SAMU estavam represadas no local. De acordo com Anderson, ele estava no hospital e não presenciou a situação denunciada. Anderson ainda questionou se o ‘discurso de maca’, não seria para justificar a ausência de funcionamento das unidades do SAMU.
Pimentel Filho (PSD) com relação ao tema da saúde, Pimentel disse que telefonou para o Hospital de Traumas, para saber a respeito do teor da denúncia relativa às macas, mas que na realidade, diante do aumento da síndrome gripal, o Hospital de Traumas aumentou o quantitativo de UTI’s (12 leitos) e de enfermarias, para atender as crianças do município, uma vez que até o Hospital da Criança da cidade, também está enviando crianças para o Trauma.
Alexandre Pereira (UNIÃO), disse que foi chamado por alguns servidores do SAMU, que estavam no Hospital de Traumas, aguardando há horas a liberação de algumas macas para realizarem o seu atendimento. O vereador apresentou vídeos de conversas com servidores para comprovar suas denúncias, uma vez que o mesmo foi acusado de estar compartilhando inverdades. Ainda informou que na cidade, são oito unidades de atendimento do SAMU, sendo três unidades avançadas e no momento em que ele estava lá, três estavam no estacionamento.
Além do tema relativo às macas represadas, o vereador também trouxe o depoimento de um familiar de uma pessoa que foi internada no Hospital de Traumas e ficou por horas em uma maca, para só depois ser transferida para uma enfermaria. Alexandre disse que também foi ‘bombardeado’ em suas redes sociais por grupos do Governo do Estado.
Luciano Breno (PP), líder da bancada da situação, primeiramente parabenizou a postura do vereador Alexandre, que nunca o viu faltar com a verdade e que não consegue compreender quem faz ‘oposição por oposição’. O segundo ponto, o vereador se referia às falas que dizem que Secretarias não fazem nada, que o concurso foi ‘’ maquiado’’, entre outros discursos. ‘A Secretaria pode não estar fazendo aquilo que na visão do vereador entenda que está faltando, mas dizer que não está sendo feito nada? Isso é uma irresponsabilidade’, destacou.
GUARDA MUNICIPAL
Olimpio Oliveira (UNIÃO) destinou a sua fala aos aprovados no último concurso para agentes da Guarda Civil Municipal, presentes na galeria da CASA. Segundo o vereador, a categoria compartilhou a esperança da convocação. Olímpio pontuou que eles passaram 1 ano participando da formação e leu a publicação no Instagram do prefeito Bruno, feita dia 15 de fevereiro, data em que aconteceu a formação dos guardas municipais.
– Na hora que o prefeito escreve a todos os nossos novos 67 guerreiros, que se juntam aos integrantes da Guarda Municipal, passa para a população que efetivamente, após a formatura, todos estariam já nas ruas de Campina Grande, o que não é verdade – disse Olimpio.
Pimentel Filho (PSD) reforçou inicialmente a fala do vereador Olimpio, com relação aos profissionais da Guarda Municipal, que se sentem enganados por aguardar há um longo período por sua convocação.
Alexandre Pereira (União) o vereador ainda prestou solidariedade aos profissionais da Guarda Municipal que estavam presentes, que tem o seu respeito e o seu apoio, apesar da Casa Legislativa não poder solucionar todas as questões da cidade.
Encerrando, solicitou ao presidente Marinaldo Cardoso, para que a Mesa Diretora juntamente com uma comissão dos agentes da Guarda, faça a interlocução com a gestão, pois a informação que a categoria tem é que a Prefeitura não tem recursos para contratá-los.
Luciano Breno (PP) sobre os profissionais da Guarda Civil, garantiu que serão chamados e que se o prefeito não tivesse a intenção de chamar, não teria feito o concurso. Luciano se colocou à disposição dos profissionais para dialogar junto à Secretaria e ao Prefeito. Em seguida, o vereador se ausentou do plenário para dialogar com os profissionais.
Marinaldo Cardoso (Republicanos), disse que irá buscar a comissão para dialogar com os profissionais da Guarda juntamente com a Prefeitura e pediu que o tema não seja politizado.
O vereador presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos), disse que além da Mesa, outros vereadores que queiram, também podem participar desse momento de diálogo com a gestão municipal.
TRIBUNA
Rostand PB (PP) disse que esteve ontem no bairro do Monte Castelo e recebeu cobranças da população sobre a reforma da lavanderia e a necessidade de uma máquina de lavar. Ainda no mesmo bairro, segundo o vereador, a ‘ponte da cachoeira’ também se encontra deteriorada, necessitando de reformas.
Sobre as arenas esportivas, sua propositura para pequenas arenas de bairro. “Hoje tem a modalidade para X2, que tem o goleiro e o jogador. É para qualquer idade e as pessoas estão indo participar”, frisou.
Para Nova Brasília, ele solicitou a implementação de lâmpadas LED, pois segundo o vereador, estão acontecendo registros de acidentes por falta de iluminação local. Por fim, Rostand falou sobre a redução de combustível e houve aumento na semana passada e mesmo com a chegada da redução dos preços, o cidadão de Campina Grande está prejudicado.
Bruno Faustino (PTB) tratou primeiramente sobre a mudança na política de preço de combustíveis, parabenizando a ação do governo federal, pois ele acredita que irá baratear o custo de vida das pessoas que mais precisam, principalmente pela redução no botijão de gás. Nesse sentido, falou sobre o aumento das passagens de ônibus de 9.3%, que também foi tratado na sessão de ontem, e questionou se com a redução dos preços dos combustíveis, eles não irão rever esse aumento. O vereador ainda pontuou que a Prefeitura repassa um subsídio de quase 500 mil reais/mensal, e que com a redução dos preços e o aumento das passagens, isso certamente assegura o lucro, mas a CASA parece não querer discutir o assunto.
O vereador disse que ontem, assistiu a um vídeo que está em circulação, dos vigilantes da Prefeitura, trabalhando de forma precária, com trabalho diferenciado da segurança privada, de acordo com o vereador, a Prefeitura não paga a intrajornada dessa categoria.
O presidente Marinaldo encerrou os trabalhos convidando os vereadores para a sessão ordinária desta quinta-feira (18) a ser realizada em formato híbrido, a partir das 9h30.
DIVICOM/CMCG