Uma audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) discutiu, nesta terça-feira (02), o impasse sobre o início das aulas no município. A audiência foi presidida pelo vereador/presidente, Marinaldo Cardoso (Republicanos), que atendeu a uma solicitação da vereadora Jô Oliveira (PCdoB), e contou com presença do Sintab, SINTESP, Conselho Municipal de Educação e outras entidades ligadas à educação além do Secretário de Educação, Asfora Neto, Procurador do Município, Aécio de Sousa Melo e do Secretário de Saúde, Felipe Reul.
A autora do pedido de audiência, vereadora Jô Oliveira, justificou que a solução para resolver a greve dos Professores Municipais passa por uma série de exigências colocadas pelos profissionais da educação através de seus representantes e espera o bom senso e para que chegamos a um encaminhamento pelo fim da greve.
Giovanni Freire (Presidente do SINTAB). Falou que entre as exigências estão melhores condições de trabalho, aulas remotas, uso da tecnologia adequada para garantir o ensino de qualidade para os alunos da rede municipal de ensino e na ministração das aulas on-line.
Na volta das aulas presenciais, os profissionais estão exigindo a vacina contra a Covid-19 para todos os profissionais da educação, como também o fornecimento de álcool em gel, máscaras e higienização dos locais de trabalho, garantindo sua proteção, a de seus alunos e demais funcionários do sistema municipal de ensino.
O vereador Olímpio Oliveira (PSL), pediu em sua fala que houvesse um ponto de equilíbrio entre as partes envolvidas, que a decisão tomada deveria ser boa para os pais, alunos e profissionais “O incluído está em casa com um computador e o excluído como está? ” Disse em sua fala citando a população mais humilde cujo salário dos pais inviabiliza a compra de um celular ou computador para os filhos assistirem as aulas remotas. E disse mais “não é ético de nossa parte que a criança fique sem assistir aula, sem que apontemos uma solução para esse problema”
O vereador Anderson Almeida (Podemos), criticou a atual situação que vive o ensino municipal, “todos querem a volta às aulas presenciais, mas temos que ponderar pela vida, precisamos respeitar todas as regras de saúde” disse o vereador.
O Deputado Estadual, Anísio Maia (Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Paraíba) também participou da Audiência Pública e se solidarizou com os profissionais da Educação do Município de Campina Grande. “A vida é insubstituível, devemos trabalhar no índice próximo a zero” Minha solidariedade pelos servidores que lutam pela vida e que as Prefeituras possam replanejar as medidas de segurança” Disse o parlamentar.
O Secretário de Saúde do Município, Felipe Reul, foi bem breve em seu discurso, o mesmo disse que já tinha iniciado a vacina para as pessoas com 80 anos e que o objetivo da Prefeitura era vacinar todos. Segundo ele, o Prefeito Bruno Cunha Lima fez um apelo ao Ministério da Educação para que os professores e todos os colaboradores da educação sejam vacinados com prioridade
Em seu discurso, o vereador Waldeny Santana (DEM) saiu em defesa do retorno das aulas presenciais. Frisou que as questões físicas e estruturais deveriam ser resolvidas para dar condições aos profissionais trabalharem em segurança e mostrou que outras categorias, como os que trabalham em Bancos e Policiais, não pararam suas atividades devido a pandemia. Disse também: “O filho do pobre está sofrendo, o povo quer a volta das aulas presenciais, saiam da bolha ideológica”.
Aécio de Souza Melo Filho, Procurador do Município, considera a decisão de greve precipitada, no entanto, evitou a judicialização da questão, pois a nova gestão segue à disposição dos profissionais da educação e de toda e qualquer temática no que diz respeito ao município de Campina Grande.
Raimundo Asfora Neto, Secretário de Educação, em sua fala disse que recebeu a comissão de educação, na Secretaria da Educação e juntamente com todas as pautas levadas pela entidade discutiram, mas diante dos impasses na semana posterior da última reunião com o SINTAB, o sindicato deflagrou a greve dos Servidores e Servidoras Municipais da Educação.
A audiência pública contou com ainda com a participação de outros vereadores e convidados, que discutiram e opinaram sobre a questão em pauta.
DIVICOM/CMCG